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    Observe o Cometa NEOWISE no final de julho

    O cometa C/2020 F3 NEOWISE foi descoberto em 27 de março de 2020 pela NASA com sua sonda espacial NEOWISE (Near-Earth Object Wide-field Infrared Survey Explorer).
    Trata-se de um cometa retrógrado, e que já passou pelo seu periélio (maior proximidade ao Sol) no dia 3 de julho de 2020, a 0,29 UA (43 milhões de km) do Sol.
    Ele está se afastando do Sol e tornando-se menos luminoso, embora se aproxime da Terra, passando mais perto dela em 22-23 de julho, a 0,69 UA (103 milhões de km).
    Até a última semana de julho, o cometa NEOWISE não estará visível do Brasil, somente da Europa, Ásia e costa nordeste da América do Norte.
    A partir de 27 de julho, o cometa poderá ser visualizado do Brasil ao anoitecer, a olho nu, porém cada vez menos brilhante.
    Ainda, em 7 de agosto, o cometa NEOWISE estará situado próximo aos cometas C/2017 T2 Pan-STARRS e C/2019 U6 Lemmon, numa área de 10 graus no limite das constelações de Cabeleira de Berenice e Boieiro.
    Para mais informações sobre a luminosidade do Cometa NEOWISE, visite: http://www.rea-brasil.org/cometas/2020f3.htm.
    Para saber mais sobre a órbita e a localização, visite: https://www.heavens-above.com/comet.aspx?cid=C%2F2020%20F3&lat=0&lng=0&loc=Unspecified&alt=0&tz=UCT

  • Notícias

    Captura de “Fuel Dump” do foguete chinês Long March 3B

    Vinícius Ceccon – Agrimensura/GEAstro, UTFPR-PB
    Tina Andreolla – DAFIS/GEAstro, UTFPR-PB
    Marcelo Zurita – BRAMON
    Luzardo Júnior – GEDAL
    Renato Cassio Partronieri – BRAMON/Astrocan
    Miguel Fernando Moreno – GEDAL/MCTL-UEL

    Por vezes, quando dedicamos nossa atenção ao céu noturno, observando suas estrelas, planetas e efemérides, ocorre-nos sentimentos de contemplação e descoberta. Nestas noites, podemos nos deparar com objetos intrigantes, muitas vezes meteoros, e mais raramente OVNIs (Objetos Voadores Não-Identificados) com aparência e movimento incomuns. Na noite de 22 de junho de 2020, enquanto fazia astrofotografia, me deparei com tal situação.

    Na astrofotografia, utilizamo-nos de diversos equipamentos, como teléscopios, lentes, câmeras, tripés e montagens, para capturar cenários do céu noturno. Nesta noite, eu utilizava uma montagem equatorial com motorização no eixo de AR (Ascensão Reta), e uma DSLR (Canon Rebel SL2) com uma lente 18/55mm f/4.0-5.6. A Figura 1 apresenta o equipamento utilizado para as capturas.

    Figura 1: Equipamento utilizado. Fonte: Autoria própria.

    Entre as 18:00h e as 23:30h, na região rural do município de Verê/PR, eu imageava uma região próxima ao plano da Via-Láctea chamada de Complexo de Nuvens Rho Ophiuci, que envolve a estrela gigante Antares. Para esta foto, obti aproximadamente 100 fotos de longa exposição (90s cada fotograma), combinando-as para formar uma única imagem, divulgada na Figura 2.

    Figura 2: Aglomerado de Nuvens Rho Ophiuci. Fonte: Autoria própria.

    Após terminar essa longa sessão de fotografias, eu estava prestes a guardar meu equipamento quando notei um objeto pouco luminoso e relativamente grande ao Oeste, na direção do pôr do Sol. Como conhecia tal região do céu, que faz parte da Constelação de Corvus, eu sabia que não se tratava de um objeto comum. Com pouca bateria restante em minha câmera, resolvi imagear esse objeto.

    Figura 3: Primeira imagem do objeto desconhecido. Fonte: Autoria própria.

    Após visualizar essa imagem, fiquei extremamente curioso com a natureza desse objeto. Antes que a bateria da câmera acabasse, consegui obter duas séries de imagens: 10 imagens de 10s cada, em 18mm de distância focal; e 10 imagens de 6s cada, em 55mm (mais aproximada).

    Animação 1: Combinação das 10 imagens sequenciais obtidas em 55mm. Fonte: Autoria própria, via GIPHY.

    Depois de guardar meu equipamento, realizei uma análise das coordenadas e do movimento desse objeto, até então desconhecido. Primeiramente, realizei o que se chama de image solving, ou resolução da imagem, em que um software identifica o padrão das estrelas e outros objetos encontrados na imagem, para então anotar as suas posições. O produto dessa identificação é exposto na Figura 4.

      Figura 4: Imagem com posições anotadas. Fonte: Autoria própria.

    A partir da Figura 4, pude calcular, por meio de estrelas próximas, as coordenadas celestes (Ascensão Reta e Declinação) do objeto, assim como sua velocidade angular no decorrer das duas séries de imagens. Esses resultados são apresentados na Tabela 1.

      Tabela 1: Variação das coordenadas celestes nas imagens. Fonte: Autoria própria.

    Expresso em graus, o deslocamento angular durante os 03 minutos e 48.60 segundos de observação foi de, aproximadamente, 8.3 ° em Ascensão Reta, e 0.6 ° em Declinação. Dessa forma, a velocidade angular calculada para esse objeto foi de 0.00365 °/s, ou 2.19 arcmin/s. Como utilizaram-se coordenadas celestes, o movimento aparente devido à rotação terrestre não interfere nesse cálculo.

    Portanto, foram diversas as características incomuns desse objeto. Sua velocidade angular era relativamente alta, e seu tamanho angular era mais de duas vezes o tamanho da Lua Cheia, o que é raro de se observar em efemérides. Também, como era visível a olho nu, caracteriza-se como mais luminoso que o normal. O mais marcante, entretanto, era que a direção da “cauda” do objeto apontava para a mesma direção que o seu movimento.

    Após compartilhar as imagens com o GEAstro, grupo de Astronomia da UTFPR – Câmpus Pato branco, a professora Tina Andreolla, que coordena as atividades do grupo, contatou diversos colegas da área para obter mais informações.

    Utilizando-se das coordenadas calculadas da imagem, e do auxílio de diversos colaboradores da área, como integrantes do GEDAL (Grupo de Estudo e Divulgação de Astronomia de Londrina), da BRAMON (Brazilian Meteor Observation Network, ou Rede Brasileira de Observação de Meteoros) e de Michael Thompson, especialista em Dinâmica Orbital e Astronáutica da Universidade de Purdue nos Estados Unidos, descobrimos que o objeto era relacionado ao foguete Longa March 3B, foguete chinês que levava o último satélite artificial da constelação BeiDou, que fornecerá serviços mundiais de GNSS.

    A estrutura observada nas imagens é resultante de uma prática chamada Fuel Dump, ou alijamento de combustível, na qual um dos estágios do foguete libera o combustível líquido remanescente, evitando possíveis acidentes ou explosões em órbita.

  • Astronomia para Todos,  Notícias

    Brincando e aprendendo sobre Astronomia e Astronáutica

    O GEAstro (Grupo de Estudo, pesquisa, extensão e inovação em Astronomia) da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) – Câmpus Pato Branco, tem o prazer em anunciar que nos próximos dias estará divulgando por meio de suas redes sociais e canais de comunicação, atividades lúdicas voltadas ao ensino da Astronomia e Astronáutica, para serem reproduzidas pelas crianças em conjunto com suas famílias. A principal intenção do GEAstro com esta ação é proporcionar às famílias ferramentas para realizarem atividades de fácil compreensão e execução, com materiais de baixo custo, contribuindo para o aprendizado de seus filhos de forma divertida e dinâmica, ampliando as opções de acesso a atividades, principalmente nesse período de aulas suspensas.

    Esta atividade faz parte do projeto “Divulgando Astronomia através das Mídias Digitais” o qual é voltado a facilitar a comunicação, estudo, ensino e acesso a informação sobre as Ciências Espaciais. Além de divulgar e despertar o gosto pela Ciência, em especial a Astronomia.

    Site: http://www.pb.utfpr.edu.br/geastro/

    Instagram: https://www.instagram.com/geastro/

    Facebook: https://www.facebook.com/geastro.utfprpb/

  • Notícias,  O Grupo

    ATIVIDADES SUSPENSAS

    A partir de hoje, 16/03/2020, o GEAstro declara suspensas todas as atividades que envolvam públicos externos ao grupo. A medida é de prevenção com duração indeterminada, com o objetivo de evitar o espalhamento do Vírus COVID-19 que tem tomado proporções alarmantes nos últimos dias. As atividades serão retomadas assim que a presente questão de saúde pública for contida.
    A todos, recomendamos evitar grandes aglomerações de pessoas e o contato com a população mais vulnerável (idosos e portadores de doenças crônicas), bem como manter hábitos de higiene básica e de prevenção. Ao perceberem sintomas como febre, tosse e falta de ar, recomendamos que procurem o centro médico mais próximo para realizar os testes necessários.
    Nós, da Equipe GEAstro, esperamos que a situação seja resolvida o quanto antes, evitando maiores complicações.

  • Astro Kids,  Astronomia para Todos,  Notícias

    Dia da Família na Escola Jardim Primavera

    Na tarde do sábado (08/06/2019) o GEAstro – Grupo de Estudos, pesquisa, extensão e inovação em Astronomia – do Campus UTFPR Pato Branco, a convite da direção da Escola Municipal Jardim Primavera, participou do “Dia da família na escola”, em que pais e alunos da instituição passam a tarde juntos, participando de atividades culturais, oficinas e mostras dos projetos desenvolvidos pela escola.

    Na ocasião, o GEAstro foi responsável por três atividades, sendo elas o AstroKids, oficina do Sistema Solar e o Lançamento de Foguetes Didáticos. No AstroKids, pais e filhos puderam participar de atividades de recreação, como quebra-cabeças, jogo da memória, Super Trunfo e colorir, com a temática de Astronomia, agregando conhecimentos nas Ciências Espaciais ao mesmo tempo que se divertiam. Já na atividade do Sistema Solar, os participantes receberam instruções e tiveram a oportunidade de montar uma escala dos planetas do nosso sistema estelar e entender um pouco mais as dimensões do nosso universo. Por fim, no lançamento de foguetes didáticos os integrantes do GEAstro realizaram diversos lançamentos no campo da escola, utilizando bases e foguetes de garrafa PET confeccionados pelo grupo, explicando o funcionamento do equipamento e sempre prezando pela segurança.

  • Notícias,  OBA

    GEAstro na 22ª Olimpíada Brasileira de Astronomia

    Com o objetivo de avaliar os conhecimentos de Astronomia e de Astronáutica dos alunos participantes, a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica ocorre anualmente nas escolas de Ensino Fundamental e Médio inscritas por todo o Brasil.

    Assim como de costume, na 22ª edição da prova, ocorrida no dia 17 de maio, o GEAstro aplicou a OBA com os alunos do Curso Técnico Integrado de Nível Médio em Agrimensura da UTFPR – Campus Pato Branco. Por ter ocorrida em dia não letivo da universidade, o número de participantes foi inferior a média dos anos anteriores, contudo, os resultados mostraram-se superiores e o grupo segue na espera de medalhistas. A divulgação dos resultados é esperada para setembro deste ano.